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Sobre o PNLP

O que é um Parque Nacional?

É uma das categorias de unidades de conservação (termo que designa as áreas protegidas) existentes no Brasil. Tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Sua administração é realizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente. Cabe ao ICMBio manter a integridade de seus ecossistemas, conservando-os para o usufruto da sociedade, que por sua vez, não deve alterá-los.
 
IMPORTÂNCIA MUNDIAL

O Parque Nacional da Lagoa do Peixe - PNLP foi criado em 1986 com o objetivo particularmente de proteger  as espécies de aves migratórias e as amostras dos ecossistemas litorâneos do Rio Grande do Sul, que deles dependem para seu ciclo vital. Em 1991, foi incluído na Rede Hemisférica de Reservas para Aves Limnícolas como Sitio Internacional. Em 1993, foi reconhecido como Sítio Ramsar por sua importância para a conservação de zonas úmidas. Em 1999, foi considerado Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.




LAGOAS E BANHADOS

O Parque está localizado em uma extensa planície costeira arenosa, situada entre a lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. Sua paisagem é composta por mata de restinga, banhados, campos de dunas, lagoas de água doce e salobra, além de praias e uma área marinha. Apesar da denominação, lagoa do Peixe é, na verdade, uma laguna, por causa da comunicação com o mar. É relativamente rasa, com 60 centímetros de profundidade em média. Possui 35 quilômetros de comprimento e 2 quilômetros de largura, e é formada por sucessão de pequenas lagoas interligadas, caracterizando, assim, um reservatório natural de água salobra. A área é um berçário para o desenvolvimento de espécies marinhas, entre as quais camarão-rosa, tainha e linguado, e atrai variadas espécies de aves, que encontram na lagoa e em suas marismas farta alimentação.



É através da abertura da barra da lagoa do Peixe que este ecossistema mantém  sua dinâmica, e dele dependem diversas populações, animais e humanas. Ainda hoje, pecuaristas utilizam pastagens naturais ao redor da lagoa e pescadores artesanais vivem da pesca, sobretudo do camarão-rosa. Sua abertura pode ocorrer naturalmente, mas, historicamente, é feita de forma artificial.
O fechamento da barra é condicionado à ação dos ventos e conseqüente deposição de areia, que pode causar sua oclusão.


  PLANTAS E ANIMAIS

A vegetação esta representada por espécies características de solos arenosos e com alto teor de salinidade, como a macela-graúda, o brejo-da-praia e a espartina. Na mata de restinga, formação vegetal incluída nos domínios da Mata Atlântica, encontram-se espécies como figueiras, cambuís e canelas, além de árvores menores, arbustos espinhosos e cactos. Juncos e gramas-brancas crescem nos banhados. Antigos plantios e dispersões de Pinus ameaçam a integridade do Parque, mas estão sendo  retirados pelos proprietários.



 O Parque é habitat para mamíferos, entre os quais capivaras, lontras e tuco-tucos
(pequenos roedores que vivem nas dunas). Entre os répteis, destaca-se o jacaré de papo amarelo.




PARAÍSO DAS AVES MIGRATÓRIAS


As águas salobras repletas de plânctons, crustáceos e peixes atraem bandos de aves de várias partes do continente. Já foram catalogadas 275 espécies, das quais 35 são migratórias. Do Chile e da Argentina chegam flamingos, as batuíras de coleira-dupla, de peito-avermelhado e de papo-ferrugíneo; da América do Norte migram mais de dez espécies de maçaricos (caso do maçarico-de-papo-vermelho), batuíras e o trinta-réis-boreal.



CAMPEÃO DE VÔOS

ALTAMENTE AMEAÇADO DE EXTINÇÃO     O maçarico-de-papo-vermelho (Calidris canutus), originário do Hemisfério Norte, viaja todo ano para a América do Sul. Em março, chega à lagoa do peixe, parada estratégica, para o retorno ao Ártico que se inicia em abril. Chega a permanecer voando durante cinco dias, e voa cerca de 36 mil quilômetros por ano.



ANIMAIS MARINHOS

Todos os anos, inúmeros animais marinhos visitam nossas praias, tais como lobos-marinhos, leões-marinhos, pinguins e tartarugas marinhas. A causa do aparecimento desses animais na orla varia para cada espécie, sendo muito comum o aparecimento de animais debilitados, sujos de óleo ou simplesmente descansando. Quando você encontrar um animal deste na praia, mantenha distância de no mínimo 5 metros. Nunca tente alimenta-los, retirá-los do local ou mesmo colocá-los de volta ao mar. Lembre-se que ele pode estar apenas descansando, e sua intenção de ajudar pode incomodar o animal e torná-lo agressivo. Cabe lembrar também, que alguns desses animais podem ser portadores de doenças. Apenas avise  e sempre que possível envie um registro fotográfico para os órgãos competentes.



FAÇA A COISA CERTA
    
Os parques são patrimônios nacionais e tem por finalidade conservar aspectos naturais e culturais de uma área. Assim, existem algumas regras básicas de comportamento a serem seguidas:
* Nada se leva de um Parque, apenas lembranças. Animais, plantas, rochas, frutos, sementes e conchas encontradas no local fazem parte do ambiente e ali devem permanecer.
* Caçar, pescar e molestar animais silvestres são crimes previstos em lei. Os animais precisam buscar seu próprio alimento para manter o ciclo de vida natural, por isso, não os alimente.
* Entrar no Parque com animais domésticos pode causar problemas, como a introdução de doenças e ameaças ao ambiente natural.
* Nada se deixa em um Parque. Todo o lixo deve ser coletado e depositado em locais apropriados.
* As áreas de visitação pública são restritas, percorra apenas as trilhas indicadas neste mapa.
* Para sua segurança, visite o Parque apenas durante o dia.





PRINCIPAIS ACESSOS AO PARQUE

Trilha das Figueiras: afastada da praia, tem 6 quilômetros de extensão. Pode ser percorrida de carro, até as margens da lagoa do Peixe, no lado oeste um dos pontos de onde é possível avistar bandos de flamingos.
Trilha do Talha-mar: tem cerca de 10km de extensão e permite observar a parte norte da lagoa do Peixe - ótimo ponto para a observação de cisnes de pescoço preto e capororocas.
Trilha das Dunas: em seus 13 quilômetros de extensão corta áreas de restinga, banhados e dunas até chegar à praia, já fora dos limites da Unidade de Conservação.
Trilha dos Flamingos: entre o farol e o limite sul do Parque são 43 quilômetros de praias. Com 19 quilômetros de extensão, a trilha dos flamingos une o Farol – uma construção de 1940, revestida externamente com pastilhas – à barra da lagoa do Peixe. Nesse trecho podem ser observados maçaricos e batuíras (principalmente os maçaricos branco e de sobre-branco), trinta-réis, gaivotas (principalmente o gaivotão) e pirus-pirus.
Barra da Lagoa do Peixe: região do canal de comunicação entre a lagoa e o mar. É um ponto de grande concentração de aves migratórias.

Um comentário:

  1. Olá! Somos um grupo de pesquisa independente do interior do estado do RS e estivemos por dois anos consecutivos em visita ao Parque. Publicamos recentemente uma revista on line contendo duas matérias sobre a reserva. Está no link: http://issuu.com/hermomt/docs/hermomt
    Obrigado pela atenção.

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