Cidadão consciente joga lixo no lixo. Faça a sua parte. A natureza agradece!
Lorene Lima
lorene.cunha@icmbio.gov.br
Brasília (11/08/2014) — O Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) administra 313 Unidades de Conservação (UCs)
federais em todo o território nacional para proteger o patrimônio
natural brasileiro. No entanto, o trabalho de conservação ambiental
esbarra em problemas que podem ser evitados, como o lixo jogado na
natureza, por exemplo, que ameaça a fauna, a flora e os próprios
humanos.
Lixo é qualquer resíduo sólido produzido pelo homem, como garrafas,
sacos plásticos, embalagens, baterias, pilhas e até restos de comida.
Além de causarem a poluição visual e mal cheiro, esses resíduos poluem a
água, o solo e colocam os animais em risco, já que eles podem se ferir
em materiais cortantes ou mesmo ingerir os materiais descartados de
forma indevida na natureza. "Há ainda a atração de animais que
transmitem doenças, a poluição dos rios e até mesmo dos mares" afirmou o
coordenador de uso público do Parque Nacional da Tijuca (RJ), Denis
Rivas.
O Parque da Tijuca é a Unidade de Conservação (UC) mais visitada do
Brasil. Por isso, as coordenações de Uso Público e de Gestão
Socioambiental fazem um trabalho permanente de conscientização ambiental
com os visitantes. Participam das ações monitores de trilhas, coletores
da Companhia Municipal de Limpeza Urbana e Guardas Municipais cedidos
pela Prefeitura do Rio. Além disso, uma vez por mês é realizado um
mutirão de limpeza na área do Parque. "Temos diversas lixeiras com
travas anti-fauna nos pontos de maior visitação. Elas impedem que os
animais tenham acesso ao lixo. Essas lixeiras são esvaziadas diariamente
para reduzirmos os impactos ambientais causados pelos resíduos", disse
Rivas.
A Reserva Biológica (Rebio) Marinha do Arvoredo (SC) também enfrenta
problemas com o lixo jogado pelos visitantes. Em 2012, a UC passou por
um trabalho intenso de limpeza em que foram recolhidos cinco metros
cúbicos de lixo, o equivalente a cinco caixas d'água de mil litros cada.
"Um impacto bastante negativo causado pelo lixo são as redes fantasmas,
ou seja, redes descartadas pela pesca que ficam presas às pedras no
fundo do mar e continuam pescando a fauna marinha," afirmou o chefe da
unidade, Ricardo Castelli.
Na capital do Brasil, a situação não é diferente. Animais silvestres
que vivem no Parque Nacional de Brasília, como macacos e quatis, usam o
lixo deixado pelos visitantes como alimento, situação que preocupa os
gestores da unidade, que fazem trabalhos constantes de limpeza na região
e promovem a educação ambiental por meio de faixas e placas. "Quanto
menor for a produção de resíduos de alimentação e quanto melhor forem
acomodados, menor será esta utilização indevida pelos animais", comentou
a analista ambiental e chefe-substituta do Parque, Juliana Alves.
Além disso, o tema "resíduos sólidos" faz parte dos cursos oferecidos
pelo Parque, voltados para a promoção da educação ambiental, que
orientam e sensibilizam os visitantes sobre os impactos ambientais que o
lixo pode provocar. Os cursos são oferecidos pelo Núcleo de Educação
Ambiental (NEA) e voltados, principalmente, aos professores, que
multiplicam o conhecimento adquirido ao ensinarem o assunto em sala de
aula para os alunos.
AJUDE A PRESERVAR A NATUREZA
As Unidades de Conservação federais geridas pelo ICMBio são áreas de rica biodiversidade e beleza cênica. Gestos simples, como depositar o lixo em locais adequados, são atitudes de grande importância para sua preservação. Faça a sua parte: leve sacolas para recolher o próprio lixo e retorne com seus resíduos para casa. A natureza agradece.
As Unidades de Conservação federais geridas pelo ICMBio são áreas de rica biodiversidade e beleza cênica. Gestos simples, como depositar o lixo em locais adequados, são atitudes de grande importância para sua preservação. Faça a sua parte: leve sacolas para recolher o próprio lixo e retorne com seus resíduos para casa. A natureza agradece.
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