Um
estudo das necropsias em tartarugas verdes (Chelonia mydas) e de pente (Eretmochelys
imbricata) que encalharam nas praias dos estados da Bahia, Espírito Santo,
São Paulo e Santa Catarina mostrou que o afogamento é a primeira causa da morte
dos animais. Em segundo lugar, as lesões ao longo do trato gastrointestinal
indicaram a ingestão de detritos como ameaça relevante.
A
investigação foi realizada em 920 tartarugas verdes e 69 de pente necropsiadas
de janeiro de 2009 a maio de 2011. Os pesquisadores analisaram os conteúdos e
estados do sistema digestivo de animais juvenis (93%) com comprimento de casco
variando entre 25 e 48 centímetros. O estudo mostrou que 33% das mortes das
tartarugas verdes ocorreram por afogamento, o que pode indicar interação com a
pesca, e que 30% das mortes das de pente ocorreram por ingestão de resíduos,
indicando altos níveis de poluição no mar.
Os
resultados da pesquisa são importantes para ampliar a compreensão das ameaças
antropogênicas a que estão expostas as tartarugas marinhas, além de subsidiar
estratégias e ações de conservação da espécie.
Intitulado
“Ameaças antropogênicas às populações de tartarugas marinhas na costa
brasileira”, o trabalho foi apresentado no mês de março, durante o 32° Simpósio
Anual de Biologia e Conservação de Tartarugas Marinhas, realizado no México.
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